Cientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descobriram que jogar videogames pode deixar as pessoas mais aptas a tomar decisões rapidamente. Os pequisadores descobriram que os adeptos dos games têm uma percepção maior do que acontece em seu entorno, e são mais sensíveis a variações no ambiente. Segundo eles, o uso deste tipo de jogos pode melhorar a resposta cerebral em atividades corriqueiras, como ler, dirigir, seguir instruções de mapas e até mesmo coordenar encontros sociais com os amigos.
A pesquisa, que foi publicada na revista especializada “Current Biology”, deste mês, mostra que os videogames podem deixar as pessoas mais preparadas para reagir a situações até então desconhecidas do dia a dia. A popularidade dos videogames é tanta que cerca de 68% dos lares americanos tem pelo menos um aparelho, segundo dados da Entertainment Software Association.
O estudo foi feito com jovens de 18 a 25 anos que não tinham o hábito de jogar videogames. Os participantes foram separados em dois grupos. O primeiro jogou 50 horas de jogos de ação, entre eles Modern Warfware 2 e Unreal Tournament. O outro jogou um mais lento de estratégia, The Sims 2.
Após o período de treinamento, os participantes tiveram que tomar decisões rápidas para resolver diversos problemas. Os cientistas elaboraram testes específicos, e cada um tinha apenas alguns segundos para dar sua resposta. Os participantes que jogaram os games de ação tiveram reações até 25% mais rápidas, e acertaram o mesmo número de perguntas que os participantes do outro grupo.
— Descobrimos que quem joga games de ação não só reage mais rápido às situações, como também tem um bom nível de acerto. A descoberta é muito importante para certos profissionais, como cirurgiões, na qual demorar um segundo a mais para reagir pode colocar tudo a perder – disse Daphne Bavelier, uma das coordenadoras do estudo.
As simulações dos cientistas mostram que o cérebro acumula, continuamente, pequenos pedaços de informações sobre situações, pessoas e lugares.
— As pessoas estão costantemente calculando e redefinindo estas informações – explica a pesquisadora. Como os jogadores precisam tomar decisões rápidas, o cérebro acaba se acostumando a processar informações de maneira diferente.
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